sexta-feira, 15 de abril de 2011

15 anos

Desliga o celular, mas não o sorriso no rosto. Um momento pra assimilar. Momento interno de euforia, momento externo de euforia. Ah! Pula, pula, pula. Era ele, era ele, ERA ELE.

E agora? Liga pra Maria, pra Jéssica, pra Carlinha e pra Carol. Fala, grita, sorri. Correria pela casa, o que fazer primeiro? É verdade? Não acredita, pega o celular e confirma. É verdade. Um olhar de “eu posso” pro espelho e o sorriso ainda bobo.

B a n h o d e m o r a d o, commúsicaagitada.

Guarda-roupa. Essa não; fiquei gorda; fiquei magra; muito colorida; sem cor. Essa. Isso, essa. Sapato. Cabelo. Pra baixo, liso. Não. Enrola de novo. E essa franjinha? Seca, seca, seca. Pronto. Base, sombra. Essa não, tira. Base, sombra. Essa. Delineador e lápis. Fecha o olho, abre, fecha, abre, olha pra cima. Rímel. E por fim o batom. Perfume, espelho. Uau.

Celular, é ele? Mãos trêmulas. Falar o quê? Alô?
-Alô. Celinha, não vou mais, minha mãe não deixou.

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