Um dia, ouviu falar sobre o devir.
Sua primeira reação foi negá-lo, é claro. Não fazia sentido pensar que aquela pessoa tão presente em seus dias, aquela que sabe todos os seus gostos e manias possa um dia nem sequer ligar no natal ou no seu aniversário. Não.
Não? Um dia desconfiou que talvez ele pudesse mesmo existir. Essa ideia o perturbou muito e o fez ver as pessoas como leves plumas à espera do próximo sopro. Tomou muito cuidado com tempestades e furacões, mas, inevitavelmente, um dia foi apresentado ao devir.
Ele ainda pode sentir o vento frio, foi tudo o que ficou.